sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cristo Ressussitou ! Aleluia, aleluia.


Estamos no tempo da Páscoa, período que contemplamos Jesus ressuscitado, Sua passagem deste mundo para o Pai. Se paramos para rezar com uma passagem bíblica, ou preparar uma pregação, normalmente iremos escolher uma passagem do Evangelho que mostre Jesus ressuscitado aparecendo aos discípulos ou às mulheres. Entretanto, nesta meditação quero propor algo diferente. Contemplemos o Ressuscitado no livro do Apocalipse.

Antes de tudo tome sua Bíblia e leia, ao menos duas vezes, Ap. 5. Para você entender esta passagem é importante saber que o livro que estamos lendo nos fala através de símbolos e para entendê-lo é preciso conhecer o significado destes símbolos. Se quiséssemos explicá-lo sem fazer este trabalho de "decodificação" estaríamos diante de uma obra assustadora. Imagine só um carneiro ferido mortalmente (“imolado”) e de pé com sete chifres e sete olhos! (cf. Ap 5,6). É algo horrível, parecido com um filme de terror. Por isso, é preciso aprender a interpretar o Apocalipse a partir do seu significado simbólico. Tentemos fazer isto no capítulo que nos propomos a meditar.

No v. 1, o autor do livro (cf. 1,4) diz que viu alguém sentado no trono e na sua mão direita um livro em forma de rolo (lembre dos ícones do Pantocrator que mostram Jesus segurando uma rolo na mão direita), escrito por dentro e por fora e fechado com selos de cera como se costumava fazer antigamente. Antes de tudo temos que saber que no cap. 4, v.1-2 João já nos tinha falado do trono que ele viu quando foi arrebatado para o céu. Este trono era belíssimo e cheio de glória, nele está sentado alguém de beleza e grandeza inefáveis, comparável às mais belas e raras pedras preciosas (cf. Ap 4,3). O trono é o símbolo da realeza e do governo, e aquele que está sentado é sem dúvida Deus, Rei do universo e Senhor da história. A história do mundo e nossa pode parecer que está sem rumo, que é conduzida pelo pecado dos homens (e nosso), ou pelo demônio, mas na verdade Deus a governa de seu trono glorioso que está no céu.

Voltando para o cap. 5, vemos que o Senhor da história e do universo tem um livro na sua mão direita. A mão direita, no Apoc., é o símbolo da importância e da força. Este livro em forma de rolo é algo muito importante porque é segurado pela direita de Deus e ninguém é digno de abri-lo para ler o seu conteúdo (cf. v. 3). Alguns estudiosos da Bíblia nos dizem que este livro contém os desígnio de Deus a respeito da história e ele está fechado porque ainda não foi revelado.
Ninguém pode conhecer seu conteúdo, ninguém pode saber o verdadeiro significado da nossa história e dá-lo a conhecer a outros: "Mas ninguém, no céu, na terra, nem sob a terra, tinha o poder de abrir o livro, nem de olhar para ele" (v. 3). Esta explicação nos mostra que o conteúdo do livro não é algo ruim, muito menos catastrófico como alguns pensam. O fato de ninguém ter a capacidade de abrir o livro provoca as lágrimas copiosas de João (cf. v. 4). Se aquilo que está escrito não fosse algo bom ele não iria chorar, mas ficar contente! No meio deste choro surge um homem velho que consola João dizendo que um ser foi encontrado capaz de abrir o livro e quebrar os selos (não esqueça que os selos eram de cera). É um cordeiro! Lembramos logo do Evangelho de João quando o Batista apresentou Jesus a seus discípulos como o "Cordeiro que tira o pecado do mundo" (Jo 1,36). O Cordeiro é Jesus! Ele tem uma ferida mortal, é a ferida de sua morte na cruz, de sua paixão; porém ele está de pé, ressuscitado. Podemos dizer que nesta passagem João colocou de forma simbólica aquilo que no seu Evangelho ele expressou claramente: "Enquanto falava ele lhes mostrou as mãos e o lado" (Jo 20,20). O ressuscitado ainda tem as marcas da sua paixão, são as marcas da sua história, da sua vida consumida de amor por nós. O ressuscitado que está no céu não é diferente daquele que apareceu aos discípulos, é o mesmo. Ambas descrições (do Evangelho e do Apoc.) falam que o ressuscitado tinha as marcas da paixão, isso nos mostra que o ressuscitado não é diferente daquele que viveu trinta e três anos sobre a terra, que sofreu e morreu por nós. Ele ressuscitou, mas não apagou sua história, não a esqueceu, a chagas de Jesus ressuscitado são a prova do seu amor por nós!

O Cordeiro tinha sete chifres. Os chifres no Apoc.,são o símbolo da força, do poder. E o número sete indica a plenitude. Jesus ressuscitado é o todo poderoso e ele tem a plenitude do Espírito Santo , não só para si, mas para enviar sobre toda a terra, para enviar sobre nós. Veja meu irmão que apesar de Jesus estar ressuscitado no céu ele continua pensado em nós e agindo em nosso favor. O melhor seria dizer que ele ressuscitou e subiu aos céus para continuar sua obra de Redenção, a história da salvação, e para poder estar mais perto de nós. Só ele pode receber o livro dos desígnios divinos e revelá-lo a nós.

O que fazer diante do ressuscitado todo poderoso e cheio do Espírito Santo que recebe do Senhor do universo e da história o desígnio divino para no-lo dar a conhecer? Só podemos fazer o mesmo que os quatro seres vivos e os vinte quatro anciãos fizeram , prostrarmo-nos e adorá-lo através de uma solene e bela liturgia, reconhecendo em Jesus Ressuscitado a divindade, o senhorio que Deus lhe deu sobre a história, o seu amor por nós e o seu cuidado de nos revelar aquilo que estava escondido, o desígnio amoroso de Deus.

"Cada um tinha uma harpa e taças de ouro cheias de perfume, que são as orações dos santos, e cantavam um canto novo:


Tu és digno de receber o livro e romper os selos
porque fostes imolado, e redimiste para Deus, por teu sangue,
homens de toda tribo, língua, povo e nação.
Deles fizeste, para nosso Deus, um reino de sacerdotes, e reinarão sobre a terra.
Então eu vi: E ouvi a voz de anjos numerosos ao redor do trono, dos animais e dos anciãos. Seu número era miríades de miríades e milhares de milhares. Eles proclamavam com voz forte:
É digno o Cordeiro imolado, de receber
poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor.
E toda criatura no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, todos os seres que aí se encontram, ouvi que proclamavam:
Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro,
louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos.
E os quatro animais diziam: Amém! E os anciãos prostraram-se e adoraram.” (Ap. 5,8-14)
E agora meu irmão, prostremos-nos e adoremos!!!

Pe. Emilio Cesar Porto Cabral

Um comentário:

wanderson disse...

meu pai não para de fuma deus a juda meu paipara
de fuma

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