terça-feira, 22 de março de 2011

Pecado Venial , Grave e Mortal


pecado é a ação livre e consciente do homem através da qual ele transgride as leis divinas. Trata-se , portanto , de um ato de desrespeito à misericórdia e à justiça infinitas de Deus , que nos deu a lei e a graça de Cristo , para que vivêssemos apartados do pecado e encontrássemos definitivamente a salvação e a vida eterna. 
O pecado é um ato de desordem contra a organização natural do mundo e contra a nossa ordem interna , enquanto ser que possui uma dimensão material e espiritual , hierarquizada. O pecado quebra a hierarquia do espiritual sobre o físico , da razão sobre os sentidos , de bem sobre o mal. As consequências nefastas do pecado voltam-se , inicialmente , contra a própria pessoa e logo em seguida contra o próximo. O pecado é um ato de desamor do homem em relação a Deus e também em relação à própria pessoa e aos demais membros da comunidade. Por mais que o autor de um ato pecaminoso possa pensar estar agindo a seu favor.

O pecado entrou no mundo pela ação do homem primevo que desejou ir além dos limites impostos por Deus e assim apartou-se da graça , da paz e da justiça divinas , sendo expulso do estado de perfeição em que vivia , arcando com as consequências de seu ato de desamor por Aquele que nos deu a vida e a santidade , para a glória eterna junto a Ele. O homem , então , ficou sujeito ao erro , ao pecado , ao sofrimento e à morte . Somente a graça de Cristo poderia reparar essa afronta tremenda do homem a Deus e assim devolver a graça perdida às almas daquelas pessoas que livremente acolhem a mensagem redentora.
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Classificações do Pecado
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1 - Pecados veniais são pecados 'leves' ou perdoáveis pela via extra-sacramental , através da realização de obras penitentes. A Igreja , não obstante , recomenda vivamente a confissão dos pecados veniais.

São pequenas faltas morais , como , por exemplo , omitir algum fato , negligenciar quanto à obrigação como cristão no âmbito dos deveres impostos pela lei canônica , dizer alguma mentira sem maior importância e etc.

O pecado venial acumulado em nossas almas não pode se transformar em pecado mortal , porque o pecado mortal está associado a atos específicos. Um ato pecaminoso em termos veniais , não pode se tornar pecado mortal por acumulação. O pecado venial não agride a substância da lei divina e não apaga a graça em nossa alma. De todo modo , também é uma forma de afastamento do amor e da misericórdia de Deus que deve ser evitada. Principalmente porque , uma vez , acumulado , o pecado venial , nos predispõem ao pecado mortal e debilita a caridade em nossa alma .
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2 - O Pecado Mortal é aquela falta moral que sempre elimina a graça divina da nossa alma , rompendo a amizade do homem com Deus.

Cometemos pecados sempre quando agimos livre e conscientemente -- ações adotadas por constrangimento externo insuperável ou por ignorância , não constituem pecado , não implicam em culpa pessoal ao autor da referida ação pecaminosa. O único pecado herdado é o pecado original que é transmitido por geração sem responsabilidade pessoal do homem.

Existe gravidade diferenciada no âmbito dos pecados considerados de caráter mortal. Pecados mortais são , por exemplo , pecar contra os Dez Mandamentos e pecar contra o Espírito Santo.
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S. Tomás de Aquino e os Pecados Capitais [1]


Pecados capitais: uma elaboração teológica da experiência antropológica
Em sua doutrina sobre os pecados capitais - ou vícios capitais -, Tomás repensa a experiência acumulada sobre o homem ao longo de séculos. Se o filosofar do Aquinate é sempre voltado para a experiência e para o fenômeno, mais do que em qualquer outro campo é quando trata dos vícios que seu pensamento mergulha no concreto, pois, citando o sábio (pseudo-) Dionísio, "malum autem contingit ex singularibus defectis" - para conhecer o mal é necessário voltar-se para os modos concretos em que ele ocorre. Assim, é freqüente encontrarmos nas discussões de Tomás sobre os vícios - para além da aparente estruturação escolástica - expressões de um forte empirismo como: "Contingit autem ut in pluribus..." (o que realmente acontece na maioria dos casos...).
A doutrina dos vícios capitais é fruto de um empenho de organizar a experiência antropológica cujas origens remontam a João Cassiano e Gregório Magno, que têm em comum precisamente esse voltar-se para a realidade concreta.
Cassiano - bem poderia ser escolhido o padroeiro dos jornalistas - é o homem que, em torno do ano 400, percorreu os desertos do Oriente para recolher - em "reportagens" e entrevistas - as experiências radicais vividas pelos primeiros monges; já o papa Gregório (não por acaso cognominado Magno), cuja morte em 604 marca o fim do período patrístico, é um dos maiores gênios da pastoral de todos os tempos.
Ambos tratam de fazer uma tomografia da alma humana e, no que diz respeito aos vícios, surge a doutrina dos pecados capitais, que encontra sua máxima profundidade e sua forma acabada no tratamento que lhe dá Tomás. Essa doutrina - que, como tantas outras descobertas antropológicas dos antigos, está hoje esquecida - bem poderia ajudar ao homem contemporâneo em sua desorientação moral e antropológica. Seja como for, a Igreja ainda fala em seu novo Catecismo da doutrina dos sete pecados capitais, fruto da "experiência cristã" (ponto 1866).
Os vícios capitais na enumeração de Tomás [2] são: vaidade, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e acídia. Hoje, em lugar da vaidade, a Igreja coloca a soberba e em lugar da acídia é mais freqüente encontrarmos a preguiça na lista dos vícios capitais. Isto se deve a que a soberba é considerada por Tomás como um pecado, por assim dizer, "mega-capital", fora da série e, portanto, prefere falar em vaidade (inanis gloria, vanglória). Já a substituição da acídia pela preguiça parece realmente um empobrecimento, uma vez que, como veremos, a acídia medieval - e os pecados dela derivados - propiciam uma clave extraordinária precisamente para a compreensão do desespero do homem contemporâneo.
Assim, toda uma milenar experiência sobre o homem traduz-se em Tomás em sete vícios capitais, que arrastam atrás de si "filhas", "exércitos", em total cerca de cinqüenta outros vícios, cujos nomes podem soar a nossos ouvidos hoje como algo estranho, como é o caso da já citada "acídia". E precisamente aí encontra-se nossa dificuldade contemporânea: é-nos difícil acessar as realidades ético-antropológicas por falta de linguagem: como se tivéssemos que transmitir um jogo de futebol, mas sem poder contar com palavras como: pênalti, carrinho, grande área, cartão, impedimento etc.
Não se pense que com isto estamos afirmando que Tomás empregue uma terminologia reservada a especialistas (as dificuldades decorrem da distância cultural-lingüística e não de tecnicismos). Não! Ele se vale da linguagem comum de sua época, tão espontânea como, afinal, é para nós o léxico do futebol. Assim, quando lermos os textos de Tomás sobre os vícios capitais, o leitor não estaria longe da realidade se os retraduzisse em nossa linguagem popular [3] . Por exemplo, a filha da inveja chamada sussurratio (e que traduzimos academicamente pormurmuração) é, pura e simplesmente, a fofoca de inveja.
Comecemos por indicar o que significa vício capital. S. Tomás ensina que recebem este nome por derivar-se decaput: cabeça, líder, chefe (em italiano ainda hoje há a derivação: capocapo-Máfia); sete poderosos chefões que comandam outros vícios subordinados.
Nesse sentido, os vícios capitais são sete vícios especiais, que gozam de uma especial "liderança" [4] . O vício (e o vício capital compromete muitos aspectos da conduta) é uma restrição à autêntica liberdade e um condicionamento para agir mal.
Tomás, após analisar cada vício capital, trata das "filhas" desse vício, os maus hábitos que dele decorrem.
A soberba, um pecado supra-capital
Como dizíamos, Tomás situa a soberba fora e acima da lista dos vícios capitais.
Após afirmar o princípio básico - "todo pecado se fundamenta em algum desejo natural e o homem, ao seguir qualquer desejo natural, tende à semelhança divina, pois todo bem naturalmente desejado é uma certa semelhança com a bondade divina" -, e que o pecado é desviar-se da reta apropriação de um bem, Tomás lembra que, se a busca da própria excelência é um bem, a desordem, a distorção dessa busca é a soberba que, assim, se encontra em qualquer outro pecado: seja por recusar a superioridade de Deus que dá uma norma, norma esta recusada pelo pecado, seja pela projeção da soberba que se dá em qualquer outro pecado.
Ao acumular indevidamente riquezas, por exemplo, é a afirmação da excelência do eu - pela posse - o que se busca. Assim, a soberba, mais do que um pecado capital, é rainha e raiz de todos os pecados. "A soberba geralmente é considerada como mãe de todos os vícios e, em dependência dela, se situam os sete vícios capitais, dentre os quais a vaidade é o que lhe é mais próximo: pois esta visa manifestar a excelência pretendida pela soberba e, portanto, todas as filhas da vaidade têm afinidade com a soberba" (De Malo 9, 3, ad 1).
Uma  explicação especial para a ira e a acídia
Dois dos pecados capitais requerem uma cuidadosa explicação para a boa compreensão do leitor contemporâneo são a acídia, algo mais do que a preguiça, e a ira, que nem sempre é pecado, uma vez que pode também atuar a favor da virtude.
Valemo-nos aqui do clássico de Josef Pieper Virtudes Fundamentais (Lisboa, Aster, 1960). Comecemos pela acídia - realidade mais atual do que nunca e incrivelmente esquecida! - analisada no capítulo "Concupiscência dos olhos":
ACÍDIA E CURIOSITAS (pp. 280-2):
"Há um desejo de ver que perverte o sentido original da visão e leva o próprio homem à desordem. O fim do sentido da vista é a percepção da realidade. A 'concupiscência dos olhos', porém, não quer perceber a realidade, mas ver. Agostinho diz que a avidez dos gulosos não é de saciar-se, mas de comer e saborear; e o mesmo se pode aplicar à curiositas e à 'concupiscência dos olhos'. A preocupação deste ver não é a de apreender e, fazendo-o, penetrar na verdade, mas a de se abandonar ao mundo, como diz Heidegger em seu Ser e Tempo. Tomás liga acuriositas à evagatio mentis, 'dissipação do espírito', que considera filha primogênita da acídia. E a acídia é aquela tristeza modorrenta do coração que não se julga capaz de realizar aquilo para que Deus criou o homem. Essa modorra mostra sempre sua face fúnebre, onde quer que o homem tente sacudir a ontológica e essencial nobreza de seu ser como pessoa e suas obrigações e sobretudo a nobreza de sua filiação divina: isto é, quando repudia seu verdadeiro ser! A acídia manifesta-se assim, diz Tomás, primeiramente na 'dissipação do espírito' (a sua segunda filha é o desespero e isto é muito elucidativo). A 'dissipação do espírito' manifesta-se, por sua vez, na tagarelice, na apetência indomável 'de sair da torre do espírito e derramar-se no variado', numa irrequietação interior, na inconstância da decisão e na volubilidade do caráter e, portanto, na insatisfação insaciável da curiositas.
"A perversão da inclinação natural de conhecer em curiositas pode, conseqüentemente, ser algo mais do que uma confusão inofensiva à flor do ser humano. Pode ser o sinal de sua total esterilidade e desenraizamento. Pode significar que o homem perdeu a capacidade de habitar em si próprio; que ele, na fuga de si, avesso e entediado com a aridez de um interior queimado pelo desespero, procura, com angustioso egoísmo, em mil caminhos baldados, aquele bem que só a magnânima serenidade de um coração preparado para o sacrifício, portanto senhor de si, pode alcançar: a plenitude da existência, uma vida inteiramente vivida. E porque não há realmente vida na fonte profunda de sua essência, vai mendigando, como outra vez diz Heidegger, na 'curiosidade que nada deixa inexplorado', a garantia de uma fictícia 'vida intensamente vivida'."
A AMBIVALÊNCIA DA IRA (pp. 272-3):
"É absolutamente sem razão que na linguagem corrente os conceitos de 'sentidos', 'paixão', 'concupiscência' sejam compreendidos como 'sensualidade', 'paixão má' e 'concupiscência desordenada'. Limitações como estas, de um significado originalmente muito mais amplo, esquecem o mais importante, isto é, que todos estes conceitos não possuem apenas um sentido negativo, mas que, muito pelo contrário, estão neles representadas forças das quais a natureza humana essencialmente se estrutura e vive.
A consciência comum cristã costuma, sempre que se fala de ira, ter em mente apenas o aspecto da intemperança, o elemento desordenador e negativo. Mas tanto como 'os sentidos', e a 'concupiscência', a ira pertence às máximas potencialidades da natureza humana. Essa força, isto é, irar-se, é a expressão mais clara da energia da natureza humana. Conseguir uma coisa difícil de alcançar, superar uma contrariedade: eis a função desse apetite sempre pronto a entrar em campo quando um bonum arduum, 'um bem difícil' deva ser conquistado. Daí que Tomás afirme: 'A ira foi dada aos seres dotados de vida animal para que removam os obstáculos que inibem o apetite concupiscível de tender aos seus objetivos, seja por causa da dificuldade de alcançar um bem, seja pela dificuldade de superar um mal' (I-II, 23, 1 ad 1). A ira é a força que permite atacar um mal adverso (I-II, 23, 3); a força da ira é a autêntica força de defesa e de resistência da alma (I, 81, 2).
"Portanto, condenar o apetite irascível, como se fosse intrinsecamente mau, e devesse ser 'reprimido', equivale a condenar os 'sentidos', a 'paixão' e a 'concupiscência'; nos dois casos se ultrajam as maiores energias da nossa natureza, ofende-se o Criador que, como diz a liturgia da Igreja: 'estruturou maravilhosamente a dignidade da natureza humana'."
Os pecados capitais, um por um
De Malo - do qual apresentamos uma seleção de artigos dedicados aos vícios capitais da Inveja e da Avareza - parecem ser questões disputadas em Roma durante o ano letivo 1266-67 ou, segundo outros críticos contemporâneos, em Paris, no ano letivo 1269-70. Boa parte desse tratado é dedicada aos pecados capitais e se articula com a discussão dos mesmos na secunda parte da Summa Theologica (escrito não antes do De Malo) [5] . A quaestio disputata, como bem salienta Weisheipl, integra a própria essência da educação escolástica: "Não era suficiente escutar a exposição dos grandes livros do pensamento ocidental por um mestre; era essencial que as grandes idéias se examinassem criticamente na disputa" [6] . Uma quaestio disputata está dedicada a um tema - como por exemplo tal vício capital - e divide-se em artigos, que correspondem a capítulos ou aspectos desse tema, que é discutido pelo confronto de objeções e contra-objeções, permeado de um corpus, no qual o mestre - no caso Tomás - dá a sua solução ao problema. São precisamente alguns destes corpus que oferecemos ao leitor.
S. Tomás começa - De Malo, 8, 1 - por discutir as razões pelas quais se define o conceito de vício capital e conclui que isto se dá pela articulação objetiva de finalidades: o pecado capital, pecado "capitão", impõe uma cadeia de motivações. Assim por exemplo, à avareza estão subordinadas a fraude e o engano. A análise dessa ordo de fins estabelece sete linhas fundamentais de causalidade: os sete vícios capitais.
A seguir - De Malo, 8, 2 -, discute o caso da soberba, se se trata de um pecado específico ou, pelo contrário, um pecado geral sem objeto próprio, a forma de qualquer pecado. Um pecado se especifica por seu objeto próprio: um bem definido que o pecado perverte. Assim, Tomás começa por enunciar este seu princípio ético fundamental: "todo pecado se fundamenta em algum desejo natural e o homem, ao seguir qualquer desejo natural, tende à semelhança divina, pois todo bem naturalmente desejado é uma certa semelhança com a bondade divina".
Ora, há um bem específico, "a própria excelência", distorcidamente buscado pela soberba que, assim, se constitui em pecado específico. Mas esse bem é tão amplo que, de certo modo, a soberba continua presente nos outros pecados e Tomás prefere não incluir a soberba na lista dos pecados capitais, mas, como dizíamos, considerá-la um pecado, por assim dizer, supra-capital, fora da série.
E assim - De Malo, 9, 1 -, Tomás, em lugar da soberba, prefere falar da vanglória (vã-glória) ou vaidade como pecado capital. Ao discutir os conceitos de  e de glória, fala desta como esplendor (daí nossos adjetivos: brilhante, ilustre, esplêndido etc.). A perversão do bem da glória é precisamente a glória vã da vaidade.
Em outro artigo da questão da vaidade - De Malo, 9, 3 -, Tomás - como fará também com todos os outros vícios capitais - analisa as filhas, os sete vícios derivados da vaidade: "Sendo o fim próprio da vaidade a manifestação da própria excelência, chamam-se filhas da vaidade aqueles vícios pelos quais - direta ou indiretamente - o homem tende a manifestar a própria excelência."
O vício capital que Tomás analisa a seguir - De Malo, questão 10 - é a inveja. E começamos pelo artigo 2, em que Tomás discute - tal como o faz com os outros vícios capitais - se se trata de um pecado mortal. No artigo seguinte da questão sobre a inveja - art. 3 - apresentam-se as cinco filhas da inveja.
À acídia é dedicada a questão 11 do De Malo e começamos pelo artigo 1, que mostra que a acídia é pecado, e, em seguida, apresentamos o tratamento dado pela Summa Theologica II-II q. 35, a.4. à acídia como pecado capital e suas filhas: desesperopusilanimidadetorpor, rancor, malícia, divagação da mente.
A questão 12 do De Malo é destinada à ira e às suas "filhas". É extremamente valiosa a reflexão do Aquinate sobre o valor positivo da ira enquanto impulso vital na busca de um bem. E há aqui uma pista para um possível antídoto aos males da acídia.
A questão 13 do De Malo discute a avareza. Uma de suas "filhas" é a traição, o que faz Tomás atentar para o fato de que Judas, que trazia as contas do grupo dos apóstolos de Cristo, traiu o Mestre porque, como diz o Evangelho, roubava da bolsa comum.
A questão 14 do De Malo contempla a gula, vício que, como os demais, é a desordem de um desejo natural, no caso, o de comer e beber.
Por fim, a luxúria. Selecionamos, além de uma passagem correspondente à questão 15 do De Malo, trechos deSumma Theologica II-II q. 153. É um sinal preocupante já ter ouvido jovens de hoje dizerem que luxúria é um apego ao luxo. A perda do conceito e da palavra denunciam, de modo patético, a perda mesma da consciência do problema.

OS 7 PECADOS CAPITAIS NAS ORGANIZAÇÕES


Pensar a empresa seguindo determinado paradigma é útil e adequado, mas pensá-la em termos de valores parece ampliar bastante esta visão e com isso podemos perceber com mais clareza os fatores que influenciam a motivação,isto é, o quanto as pessoas se dão para a empresa.
Percebi que a maioria dos fatos que aconteciam e freavam o crescimento das pessoas na empresa eram os 7 Pecados Capitais.A idéia de pecado não tem conotação religiosa. Pecar vem de "pecare"que significa "errar de alvo ". Sempre que "pecamos", erramos de alvo.
Conhecer quais são os 7 pecados capitais , suas consequências nas organizações , nos relacionamentos e exemplificá-los é o objetivo desta reflexão.
A IRA : Tem como sinônimos a raiva, a cólera, agressividade exagerada. Se pararmos para observar, encontraremos nas empresas várias cenas que ilustram esse pecado. As origens da ira podem ser por meticulosidade, por perfeccionismo ou até mesmo por desqualificar nossa capacidade de solucionar problemas bem como a importância desses problemas.
Basicamente a atitude mental que está por trás da ira é "quero destruir’ ou "eu quero e você deve". Como ficaria esta atitude em termos de gestão ? Como será o processo de tomada de decisão sob o impacto da ira ? Certamente o mais destrutível possível, com ranço de autoritarismo, desrespeito e baixo clima de confiança mútua entre o gestor e sua equipe.. Uma maneira de detectarmos a manifestação da ira é observar a destruição do patrimônio da empresa bem como a expressão facial das pessoas. Por baixo de toda ira quase sempre detectamos medo: de errar, de expressar-se de outra maneira,de perder espaço,etc. Ao invés de tremer as pessoas atacam para defender-se de seus fantasmas.
A GULA: No sentido literal, gula é o excesso no comer e beber,na sua simbologia maior significa voracidade.A característica da gula é engolir e não digerir.A gula pode ser entendida como gula intelectual inclusive, o sentido que está por trás da gula é o de estar funcionando abaixo das nossas , potencialidades.
A sensação é de que não estamos fazendo tudo que o nosso potencial permite, que estamos vivendo sem atender nossas expectativas.
A atitude mental básica é : necessito aprender tudo.
Um exemplo da gula nas organizações é quando compram-se equipamentos de última geração desnecessariamente ou quando os gestores centralizam o processo decisório e as informações visivelmente observado nas mesas cheias de papéis.
A gula vai influenciar tanto nos relacionamentos quanto na produtividade das pessoas.
A INVEJA: É o desgosto ou pesar pelos bens do outro, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça .O slogan que define a inveja é : Ele é mais do que eu, também quero" a inveja nos faz perder o contato com nossas reais possibilidades.
Nas organizações podemos entender quando não há apoio das chefias para determinados projetos, quando alguém tenta apagar o seu "brilho", vemos também a procrastinação e os processos de "fritura", geralmente quando o discurso é de um jeito e as ações não são coerentes com ele.
Esses pecados não são claros , não são declarados .
O que deixa a inveja bem caracterizada é a sua expressão pelo comportamento não verbal, o olhar, principalmente.
Não devemos confundir a competição com a inveja. Esta última é um sentimento negativo que pode transformar o processo de competição em algo destrutivo.
O ORGULHO: É o brio, a altivez, a soberba. A sensação de que "Eu sou melhor que os outros" por algum motivo. Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, não correspondendo a realidade. Surge com isso a necessidade de aparecer, de ser visto passando inclusive por cima de padrões éticos e vendo os outros colaboradores ou colegas minimizados. Podemos criar a imagem de pavões relacionando-se na empresa o que certamente trás resultados desastrosos. Podemos citar o exemplo de gestores que tomam determinadas decisões por questões de orgulho pessoal ferindo muitas vezes as metas organizacionais mas com o único objetivo de dar vazão a este sentimento.
A AVAREZA : Define-se como estar excessivamente apegado a alguma coisa levando a um grande medo de faltar, uma percepção de escassez. A avareza pode ser percebida no cotidiano das empresas levando ao slogan: "Não tenho confiança em ninguém" logo terei avareza com as informações que me chegam as mãos, com a expressão dos sentimentos e opiniões em relação aos projetos que estou envolvido, etc. Economizo pensamentos, sentimentos e ações pois não consigo lidar com a diversidade, com a transparência entrando num clima defensivo. Em termos de gestão de pesssoas podemos apontar a tendência a centralização como gesto avarento nas organizações.
A PREGUIÇA: É definida como aversão ao trabalho, negligência. Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução destes. A preguiça não se resume na preguiça física mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um movimento freador das idéias e ações dentro das organizações que no cotidiano e traduzido pelo "deixa para depois".
A LUXÚRIA: É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais. Nas empresas este pecado é identificado pelo assédio sexual: em nome da posição hierárquica "Desfruto do poder de dominar." Aparece com isso a grande dificuldade de relacionamento entre homens e mulheres nos ambientes organizacionais, reforçando heranças culturais arraigadas bem como dificuldades emocionais de expressar a afetividade de forma saudável.
Faz-se necessário perceber de forma ampliada os fatores que influenciam a gestão de pessoas nas organizações e o seu grau de maturidade para compreender melhor os processos decisórios, a motivação e a qualidade de relacionamento.
Os fatores culturais, os paradigmas administrativos bem como a saúde emocional das pessoas que trabalham juntas parecem somarem-se num todo coerente e explicativo para o grau de desempenho e competências exigidos no modelo de gestão atua.
Os sentimentos envolvidos nos Pecados Capitais por si só não são negativos. O negativo é alimentá-los e agir sob o efeito deles não combatendo-os nem trazendo novas alternativas de comportamento, minando com isso o crescimento e o fortalecimento das competências dentro das organizações.
Lúcia G. Monteiro é psicóloga, pós graduada pela FGV,Mestranda em Gestão Estratégica, Diretora da VISÃO CONSULTORIA, com experiência em treinamento motivacional de equipes, liderança e diagnósticos. luciagmonteiro@oi.com.br

OS 7 PECADOS CAPITAIS NAS ORGANIZAÇÕES


Pensar a empresa seguindo determinado paradigma é útil e adequado, mas pensá-la em termos de valores parece ampliar bastante esta visão e com isso podemos perceber com mais clareza os fatores que influenciam a motivação,isto é, o quanto as pessoas se dão para a empresa.
Percebi que a maioria dos fatos que aconteciam e freavam o crescimento das pessoas na empresa eram os 7 Pecados Capitais.A idéia de pecado não tem conotação religiosa. Pecar vem de "pecare"que significa "errar de alvo ". Sempre que "pecamos", erramos de alvo.
Conhecer quais são os 7 pecados capitais , suas consequências nas organizações , nos relacionamentos e exemplificá-los é o objetivo desta reflexão.
A IRA : Tem como sinônimos a raiva, a cólera, agressividade exagerada. Se pararmos para observar, encontraremos nas empresas várias cenas que ilustram esse pecado. As origens da ira podem ser por meticulosidade, por perfeccionismo ou até mesmo por desqualificar nossa capacidade de solucionar problemas bem como a importância desses problemas.
Basicamente a atitude mental que está por trás da ira é "quero destruir’ ou "eu quero e você deve". Como ficaria esta atitude em termos de gestão ? Como será o processo de tomada de decisão sob o impacto da ira ? Certamente o mais destrutível possível, com ranço de autoritarismo, desrespeito e baixo clima de confiança mútua entre o gestor e sua equipe.. Uma maneira de detectarmos a manifestação da ira é observar a destruição do patrimônio da empresa bem como a expressão facial das pessoas. Por baixo de toda ira quase sempre detectamos medo: de errar, de expressar-se de outra maneira,de perder espaço,etc. Ao invés de tremer as pessoas atacam para defender-se de seus fantasmas.
A GULA: No sentido literal, gula é o excesso no comer e beber,na sua simbologia maior significa voracidade.A característica da gula é engolir e não digerir.A gula pode ser entendida como gula intelectual inclusive, o sentido que está por trás da gula é o de estar funcionando abaixo das nossas , potencialidades.
A sensação é de que não estamos fazendo tudo que o nosso potencial permite, que estamos vivendo sem atender nossas expectativas.
A atitude mental básica é : necessito aprender tudo.
Um exemplo da gula nas organizações é quando compram-se equipamentos de última geração desnecessariamente ou quando os gestores centralizam o processo decisório e as informações visivelmente observado nas mesas cheias de papéis.
A gula vai influenciar tanto nos relacionamentos quanto na produtividade das pessoas.
A INVEJA: É o desgosto ou pesar pelos bens do outro, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça .O slogan que define a inveja é : Ele é mais do que eu, também quero" a inveja nos faz perder o contato com nossas reais possibilidades.
Nas organizações podemos entender quando não há apoio das chefias para determinados projetos, quando alguém tenta apagar o seu "brilho", vemos também a procrastinação e os processos de "fritura", geralmente quando o discurso é de um jeito e as ações não são coerentes com ele.
Esses pecados não são claros , não são declarados .
O que deixa a inveja bem caracterizada é a sua expressão pelo comportamento não verbal, o olhar, principalmente.
Não devemos confundir a competição com a inveja. Esta última é um sentimento negativo que pode transformar o processo de competição em algo destrutivo.
O ORGULHO: É o brio, a altivez, a soberba. A sensação de que "Eu sou melhor que os outros" por algum motivo. Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, não correspondendo a realidade. Surge com isso a necessidade de aparecer, de ser visto passando inclusive por cima de padrões éticos e vendo os outros colaboradores ou colegas minimizados. Podemos criar a imagem de pavões relacionando-se na empresa o que certamente trás resultados desastrosos. Podemos citar o exemplo de gestores que tomam determinadas decisões por questões de orgulho pessoal ferindo muitas vezes as metas organizacionais mas com o único objetivo de dar vazão a este sentimento.
A AVAREZA : Define-se como estar excessivamente apegado a alguma coisa levando a um grande medo de faltar, uma percepção de escassez. A avareza pode ser percebida no cotidiano das empresas levando ao slogan: "Não tenho confiança em ninguém" logo terei avareza com as informações que me chegam as mãos, com a expressão dos sentimentos e opiniões em relação aos projetos que estou envolvido, etc. Economizo pensamentos, sentimentos e ações pois não consigo lidar com a diversidade, com a transparência entrando num clima defensivo. Em termos de gestão de pesssoas podemos apontar a tendência a centralização como gesto avarento nas organizações.
A PREGUIÇA: É definida como aversão ao trabalho, negligência. Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução destes. A preguiça não se resume na preguiça física mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um movimento freador das idéias e ações dentro das organizações que no cotidiano e traduzido pelo "deixa para depois".
A LUXÚRIA: É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais. Nas empresas este pecado é identificado pelo assédio sexual: em nome da posição hierárquica "Desfruto do poder de dominar." Aparece com isso a grande dificuldade de relacionamento entre homens e mulheres nos ambientes organizacionais, reforçando heranças culturais arraigadas bem como dificuldades emocionais de expressar a afetividade de forma saudável.
Faz-se necessário perceber de forma ampliada os fatores que influenciam a gestão de pessoas nas organizações e o seu grau de maturidade para compreender melhor os processos decisórios, a motivação e a qualidade de relacionamento.
Os fatores culturais, os paradigmas administrativos bem como a saúde emocional das pessoas que trabalham juntas parecem somarem-se num todo coerente e explicativo para o grau de desempenho e competências exigidos no modelo de gestão atua.
Os sentimentos envolvidos nos Pecados Capitais por si só não são negativos. O negativo é alimentá-los e agir sob o efeito deles não combatendo-os nem trazendo novas alternativas de comportamento, minando com isso o crescimento e o fortalecimento das competências dentro das organizações.
Lúcia G. Monteiro é psicóloga, pós graduada pela FGV,Mestranda em Gestão Estratégica, Diretora da VISÃO CONSULTORIA, com experiência em treinamento motivacional de equipes, liderança e diagnósticos. luciagmonteiro@oi.com.br

Quaresma


Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: "Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!" (2 Cor 5, 20); "exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação." (2 Cor 6, 1-2).
Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.
Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, "voltamos ao pó" que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: "És pó, e ao pó tu hás de tornar". (Gênesis 2, 19)
Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas humildemente nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.
Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola ('remédios contra o pecado'). É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.
Na Oração da Missa de Cinzas a Igreja reza: "Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal".
Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito.Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.
Quaresma é um tempo de "rever a vida" e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: "Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca".
Embora este seja um tempo de oração e penitência mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza, ao contrário, pois a alma fica mais leve e feliz. O prazer é satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma.
Santo Agostinho dizia que "o pecador não suporta nem a si mesmo", e que "os teus pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria". A verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça; então, aQuaresma nos traz um tempo de paz, alegria e felicidade, porque chegamos mais perto de Deus.
Para isso podemos fazer uma confissão bem feita; o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: "a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados". Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.
Jesus quis que nos confessemos com o sacerdote da Igreja, seu ministro, porque ele também é fraco e humano, e pode nos compreender, orientar e perdoar pela autoridade de Deus. Especialmente aqueles que há muito não se confessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus para se aproximar do confessor e entregar a Cristo nele representado, as suas misérias.
Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja, recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros.
Não podemos esquecer também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da Quaresma. Na Missa estamos diante do Calvário, o mesmo e único Calvário. Sim, não é a repetição do Calvário, nem apenas a sua "lembrança", mas a sua "presentificação"; é a atualização do Sacrifício único de Jesus. A Igreja nos lembra que todas as vezes que participamos bem da Missa, "torna-se presente a nossa redenção".
Assim podemos viver bem a Quaresma e participar bem da Páscoa do Senhor, enriquecendo a nossa alma com as suas graças extraordinárias; podendo ser melhor e viver melhor.
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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Por que a Quaresma?


Desde os primórdios do Cristianismo a “Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, afim de obter a conversão. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3). 
Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.  
A celebração litúrgica não é mera lembrança do passado, algo que aconteceu com Jesus e passou, não. Jesus esta´ presente na Liturgia. O Catecismo diz que: “Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.” (§1069). Isto é, pela Liturgia da Igreja Ele continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção. 
Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda sobretudo que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma. 
A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo.  
Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo de livrar-nos do pecado.  O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A esmola socorre o pobre necessitado e produz em nós o desapego e o despojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a ganância e o apego ao dinheiro. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na noite de sua agonia: “Vigiai e orai, o espírito é forte mas a carne é fraca”. A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).  
“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”(Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” ( Eclo 29,15). 
Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi a se vos dará” (Mt 7,7) . E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17). 
Quaresma é pois  tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência mal formada que acaba encobrindo-os. Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os modelos de santidade: Cristo e os Santos.  
Assim podemos nos preparar para o Banquete pascal glorioso do dia 23 de março próximo, encontrando-se com o Senhor ressuscitado e glorioso com a alma renovada no seu amor. 
No Brasil, a CNBB incorporou `a Quaresma a Campanha da Fraternidade, para aproveitar esse tempo forte de espiritualidade para o exercício da caridade e também da cidadania. Neste ano o tema é “Escolhe pois a vida”; a luta contra todo desrespeito `a vida humana, sobretudo o aborto, eutanásia, inseminação artificial, manipulação de embriões, uso da “camisinha”, da pílula abortiva do dia seguinte, etc.  
É uma grande oportunidade que Deus nos dá para lutarmos especialmente contra o aborto que ronda e ameaça ser legalizado em toda a América Latina. Nenhum católico pode se calar neste momento. O silêncio dos bons não pode permitir que a audácia dos maus sobressaia e implante o terrível crime em nosso país. O chão sagrado desta Terra de Santa Cruz, não pode ser manchado com o sangue inocente de tanta criança assassinada no ventre das mães. Nem as cobras fazem isso. 
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br 

As novas comunidades são verdadeiros laboratórios da fé


O Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, presidiu a Santa Missa de abertura da 14ª Conferência Internacional da Fraternidade Católica, em Assis, Itália, nesta quita-feira, 28.

Ao início da celebração, o arcebispo de Belém do Pará (PA), Dom Alberto Taveira Corrêalembrou que neste ano, a Fraternidade Católica das Novas Comunidades comemora seu 20º aniversário. Ele comentou que o tempo passado pode comprovar a eficácia do compromisso das comunidades que aderiram à associação. “A inauguração da nova sede em Roma é um sinal da proximidade ao sucessor de Pedro”, comemorou o prelado.

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Em sua homilia, Dom Stanislaw Rylko lembrou as palavras do servo de Deus, João Paulo II, quando este falou sobre as novas comunidades e os movimentos eclesiais, dizendo que via nelas um novo espírito, um sinal de esperança para a Igreja e para a humanidade inteira; um sinal de uma nova primavera cristã, de uma nova época missionária da Igreja. O cardeal também enfatizou a opinião de Bento XVI, ao dizer que os movimentos constituem uma constante na vida da Igreja, e são uma resposta tempestiva do Espírito Santo diante dos atuais desafios da missão evangelizadora da Igreja.

Dom Rylko também explicou que os movimentos eclesiais e as novas comunidades são verdadeiros laboratórios da fé; espaços onde as pessoas são preparadas para uma fé adulta, uma fé viva, uma fé plena de alegria. Ele também ressaltou que, por várias vezes, o Pontífice solicitou aos pastores que sigam ao encontro dos movimentos com muito amor.

Sobre o fato de o encontro acontecer em Assis, na Itália, o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos falou lembrou a vida de São Francisco. “Numa época em que Igreja atravessava uma crise profunda e precisava renovar-se carismaticamente por dentro, Francisco colocou seu caminho e de seus companheiros nas mãos do bispo de Roma, o sucessor de Pedro”. E acrescentou que, neste ato, segundo o então Papa Inocêncio III, revela-se o autêntico espírito eclesial de um santo que escolheu o Evangelho como uma regra de vida.

 
Fraternidade Católica

A Fraternidade Católica é um organismo criado pelo Pontifício Conselho para os Leigos que tem o objetivo de integrar as Novas Comunidades Católicas da Renovação Carismática Católica (RCC). Elas abrem espaço para que o leigo católico participe mais ativamente da vida da Igreja. Nessas comunidades, religiosos e famílias vivem e trabalham juntos em prol da evangelização.

De acordo com Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolita de Belém (PA) e Conselheiro Espiritual da Fraternidade Católica, "As Novas Comunidades expressam a solicitude de Deus, que envia o seu Espírito Santo para dar resposta às diversas situações da Igreja e da sociedade".fonte; cançaonova

Homilia de Bento XVI no 2º Domingo da Quaresma


Queridos irmãos e irmãs!

Estou muito feliz de estar em meio a vós para celebrar um evento tão significativo que é a Dedicação a Deus e ao serviço da comunidade desta igreja intitulada “São Corbiniano”. A Providência quis que este nosso encontro acontecesse no segundo Domingo da Quaresma, caracterizado pelo Evangelho da Transfiguração de Jesus. Por isto, hoje temos a presença de dois elementos, ambos muito importantes: de um lado, o mistério da Transfiguração e, do outro, aquele do Templo, isto é, da casa de Deus em meio as vossas casas. As leituras bíblicas que escutamos foram escolhidas para iluminar estes dois aspectos.

A Transfiguração. O evangelista Mateus nos narrou aquilo que acontece quando Jesus sobe sobre o alto monte levando consigo três dos discípulos: Pedro, Tiago e João. Enquanto estavam lá em cima, sozinhos, a face de Jesus se tornou fulgurante e suas vestes puras. É isto que chamamos “Transfiguração”: um mistério luminoso, confortante. Qual o significado disto? A Transfiguração é uma revelação da pessoa de Jesus, da sua realidade profunda. De fato, as testemunhas oculares do evento, isto é, os três aApóstolos, foram envolvidos por uma nuvem, também esta luminosa – que na Bíblia anuncia sempre a presença de Deus – e ouviram uma voz que dizia:

“Este é meu Filho muito amado: nele coloco a minha afeição. Escutem-no" (Mt 17,5). Com este evento, os discípulos foram preparados para o mistério pascal de Jesus: a superar a terrível prova da paixão e também para compreender bem o fato luminoso da ressurreição.

A narração fala também de Moisés e Elias, que apareceram e conversaram com Jesus. Efetivamente, este episódio tem uma relação com outras duas revelações divinas. Moisés subiu sobre o monte Sinai e ali teve a revelação de Deus. Pediu para ver a sua glória, mas Deus o respondeu que não o poderia vê-lo de frente, mas somente pelas costas (cf. Ex 33,18-23). Em modo análogo, também Elias teve uma revelação de Deus sobre o monte: uma manifestação mais íntima, não através de uma tempestade, de um terremoto ou pelo fogo, mas por uma brisa leve (cf. 1 Rs 19,11-13). A diferença em relação a estes dois episódios é que na Transfiguração não é Jesus a ter a revelação de Deus, mas sim é nEle mesmo que Deus se revela e que revela a sua face aos apóstolos. Portanto, quem quer conhecer a Deus, deve contemplar a face de Jesus, a sua face transfigurada: Jesus é a perfeita revelação da santidade e da misericórdia do Pai.

Além disso, recordemos que sobre o monte Sinai, Moisés teve também a revelação da vontade de Deus: os Dez Mandamentos. E, sempre sobre o monte, Elias recebe de Deus a revelação da missão a cumprir. Jesus, ao invés disso, não recebe aquilo que deverá cumprir: já o conhece, na verdade são os apóstolos a ouvir, nas nuvens, a voz de Deus que manda: “Escutem-no”. A vontade de Deus se revela plenamente na pessoa de Jesus. Quem quer viver segundo a vontade de Deus, deve seguir Jesus, escutá-lo, acolher dele as palavras e, com a ajuda do Espírito Santo, também aprofundá-las. É este o primeiro convite que desejo fazer-vos, caros amigos, com grande afeto: Cresçais no conhecimento e no amor a Cristo, seja de modo particular, seja como comunidade paroquial, encontrem-no na Eucaristia, na escuta da sua Palavra, na oração, na caridade. 

O segundo ponto é a Igreja, como edifício e, sobretudo como comunidade. Antes de refletir, entretanto, sobre a Dedicação da vossa igreja, gostaria de dizer-vos que existe um motivo particular que aumenta a minha alegria de encontrar-me hoje com vocês. São Corbiniano, de fato, é fundador da Diocese de Frisinga, na Baviera, da qual fui bispo por quatro anos. No meu brasão episcopal, eu quis inserir um elemento que está estreitamente associado à história deste santo: O urso. Um urso, assim se narra, havia despedaçado o cavalo de Corbiniano, que o estava conduzindo a Roma. Ele o reprovou asperamente, conseguiu amansá-lo e colocou toda a sua bagagem que, até aquele momento estava sobre o cavalo. O urso transportou aquela bagagem até Roma e somente aqui o santo o deixou livre para ir embora.

Talvez, este é o momento de dizer algumas palavras sobre a vida de São Corbiniano. São Corbiniano era francês, sacerdote da zona de Paris, e tinha fundado, perto de Paris, um mosteiro. Era muito estimado como conselheiro espiritual, mas ele procurava mais do que isto, a contemplação e, por isto, veio a Roma, para criar aqui, mais próximo das tumbas dos apóstolos Pedro e Paulo, um mosteiro. Mas o Papa Gregorio II – estamos mais ou menos em 720 – que estimava as suas qualidades, tinha entendido as suas qualidades e o ordenou bispo encarregando-o de ir à Baviera e de anunciar naquela terra o Evangelho. Baviera: O Papa pensava no país entre o Danubio e os Alpes que por 500 anos foi a província romana de Raetia. Somente no final do quinto século a população latina se estabeleceu em grande parte na Itália. Ali ficaram poucos, a gente simples. A terra era pouco habitada e ali havia entrado um novo povo, o povo bavarês, que tinha encontrado uma descendência cristã porque o país havia se tornado cristão no tempo romano. O povo bavarê tinha entendido de repente que esta era a verdadeira religião e queria tornar-se cristã, mas faltava gente culta, faltavam sacerdotes para anunciar o Evangelho.

E assim o Cristianismo ficou muito fragmentado inicialmente. O Papa conheçia esta situação, sabia da sede de fé que existia naquele país e por isto, encarregou São Corbiniano para andar lá e lá anunciar o Evangelho. E em Freising, na cidade do duque, sobre uma colina, o Santo criou o “D’uomo” – ele já tinha encontrado um santuário de Nossa Senhora – e lá durante mil anos foi a sede do bispo. Somente depois do tempo napoleônico, esta foi transferida trinta quilômetros ao sul, para Mônaco. Se chama ainda Diocese de Monaco e Freising e a majestosa catedral de Freising permanece o coração da diocese. Assim, vemos como os santos preservam unidade e a universalidade da Igreja. A Universalidade: São Corbiniano liga a França, a Alemanha e Roma. A unidade: São Corbiniano nos diz que a Igreja é fundada sobre Pedro e nos garante também a perenidade da Igreja construída sobre a rocha, que há mil anos era a mesma Igreja de hoje, porque o Senhor é sempre o mesmo. Ele é sempre a Verdade, sempre antiga e sempre nova, atualíssima, presente e abre a chave para o futuro.

Gostaria agora de agradecer a todos que contribuíram para construir esta igreja. Sei o quanto a Diocese de Roma se empenha para assegurar, a cada bairro, adequados complexos paroquiais. Saúde e agradeço o cardeal Vigário, o bispo auxiliar do setor e o bispo secretário da Obra Romana para a preservação da fé e a provisão de novas igrejas. Saúdo, sobretudo os meus dois sucessores. Saúdo o Cardeal Wetter, do qual partiu a iniciativa de dedicar esta igreja paroquial a São Corbiniano e um válido sustento para a realização do projeto. [Em alemão]: Obrigada Eminência, Estou feliz porque a Igreja se fez assim velozmente. Saúdo o Cardeal Marx, atual arcebispo de Mônaco e Frisinga, que continua com amor não somente por São Corbiniano, mas também pela sua Igreja em Roma. Muito obrigado também ao senhor.

Saúdo sua excelência monsenhor Clemens da Diocesde de Paderbon e secretário do Pontifício Conselho para os leigos. Uma particular atenção ao pároco, padre Antonio Magnotta, com um vivíssimo agradecimento pelas palavras que o senhor dirigiu a mim. Obrigado! E saúde naturalmente também o vice pároco! Através todos vocês aqui presentes, desejo fazer chegar uma palavra de afetuosa proximidade a cerca de 10 mil residentes no território da paróquia. Reunidos ao redor da Eucaristia, relembramos mais facilmente que a missão de cada comunidade cristã é aquela de levar a todos a mensagem do amor de Deus, fazer conhecer a todos a sua face. Eis porque é importante que a Eucaristia seja sempre o coração da vida dos fiéis, como o é este hoje para a vossa paróquia, também se não todos os membros puderam participar pessoalmente.

Vivemos hoje um dia importante, que coroa os esforços, as fadigas e os sacrifícios cumpridos, além do compromisso da gente que aqui reside de construir-se como comunidade cristã e madura, capaz de ter uma igreja agora consagrada definitivamente ao culto de Deus.

Alegro-me por tal meta atingida e estou certo que isto favorecerá o agregar-se e o crescer da família de fiéis neste território. A Igreja quer estar presente em todo bairro onde a gente vive e trabalha, com o testemunho evangélico de cristãos coerentes e fiéis, mas também com edifício que permite de reunir-se para a oração e os Sacramentos; para a formação cristã e para estabelecer relações de amizade de fraternidade, fazendo crescer as crianças, os jovens, as famílias, e os anciãos neste espírito de comunidade que Cristo nos ensinou e do qual o mundo tem tanta necessidade.

Como foi construído o edifício paroquial, assim a minha visita deseja encorajar-vos a realizar sempre melhor aquela igreja de pedras vivas que sois. Escutamos isto na segundo leitura: “Sois o campo de Deus, edifício de Deus”, escreve São Paulo aos Coríntios (1Cor 3,9) e a nós; Ele os  exorta a construir sobre o único verdadeiro fundamento, que é Jesus Cristo. Por isto, também eu vos exorto a fazer da vossa nova igreja o lugar no qual se aprende a escutar a palavra de Deus, a escola permanente de vida cristã da qual faz parte cada atividade desta paróquia jovem e empenhada. Sobre este aspecto é iluminante o texto do livro de Neemias, que nos foi proposto na primeira leitura. Neste se vê bem que Israel é o povo convocado para escutar a Palavra de Deus, escrita no livro da Lei. Este livro foi lido solenemente pelos ministros e foi explicado ao povo, que está em pé, levanta as mãos ao céu, depois se ajoelha e se prostra com a face no chão, em sinal de adoração. É uma verdadeira liturgia, animada pela fé em Deus que fala, pelo arrependimento e pela própria infidelidade à Lei do Senhor, mas, sobretudo pela alegria porque a proclamação da sua Palavra é sinal que Ele não abandonou o seu povo ao qual Deus está próximo. Também vocês, caros irmãos e irmãs, reunindo-se para escutar a Palavra de Deus com fé e perseverança, se tornam, de domingo em domingo, Igreja de Deus, formada e plasmada interiormente pela sua Palavra. Que dom grande é este! Sejais sempre reconhecidos por isto.

A vossa comunidade é jovem, constituída em grande parte de casais que acabaram de se casar e vieram viver neste bairro; tantas são as crianças e os jovens. Conheço o empenho e a atenção dedicados à família e ao acompanhamento dos jovens casais. Saibam dar a vida em uma pastoral familiar caracterizada pela acolhida aberta e cordial dos novos núcleos familiares, que possa favorecer o conhecimento recíproco, de modo que a comunidade paroquial seja sempre mais uma ‘família das famílias”, capaz de partilhar com eles, junto às alegrias, as inevitáveis dificuldades dos inícios. Sei também que vários grupos de fiéis se reúnem para orar, formar-se na escola do Evangelho, participar aos sacramentos e viver aquela dimensão essencial para a vida cristã que é a caridade. Peço a todos que com a Caritas paroquial procurem ir ao encontro a tantas exigências do território, especialmente respondendo aos anseios dos mais pobres e necessitados.

Me alegro pelo que vocês fazem na preparação dos jovens e adolescentes aos sacramentos da vida cristã e vos exorto para que vos interesseis sempre mais também pelos pais, especialmente daqueles que tem crianças pequenas. A paróquia se esforce para propor também a eles, em horários e modos convenientes, encontros de oração e formação, sobretudo para os pais das crianças que devem receber o batismo e os outros sacramentos de iniciação cristã. Tenhais também um particular cuidado e atenção pelas famílias em dificuldade ou que se encontram em uma condição de precariedade e irregularidade. Não as deixem sozinhas, mas estejais próximos a elas com amor, ajudando-as a compreender o autêntico desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família. Uma palavra de afeto e amizade o Papa quer dirigir também a vocês, caros garotos e jovens que me escutam, e aos vossos colegas que vivem nesta paróquia. O hoje e o amanhã da comunidade eclesial e civil estão confiados em modo particular a vocês. A Igreja espera muito do vosso entusiasmo, da vossa capacidade de olhar à frente e do vosso desejo de radicalidade nas escolhas da vida.

Caros amigos de São Corbiniano! O Senhor Jesus, que conduz os Apóstolos sobre o monte para rezar e mostrou a eles a sua glória, hoje convidou-nos neste nova igreja: aqui possamos escutá-lo, aqui possamos reconhecer a sua presença no partir do Pão Eucarístico e, deste modo tornar-se Igreja viva, templo do Espírito Santo, sinal no mundo do amor de Deus. Retornem para as vossas casas com o coração repleto de reconhecimento e alegria, porque vocês fazem parte deste grande edifício espiritual que é a Igreja. À Virgem Maria confiamos o nosso caminho quaresmal, como aquele da Igreja inteira. Nossa Senhora, que seguiu o seu Filho Jesus até a cruz, nos ajude a ser discípulos fiéis a Cristo, para poder participar juntos com ela da alegria da Páscoa. Amém.





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ONU ressalta acesso à água como direito humano universal


Por ocasião do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22, o alto comissariado das Nações Unidas divulgou uma declaração na qual ressalta o direito à água e o melhoramento das condições higiênicas como um direito humano universal. O documento foi elaborado pela especialista em água e saneamento, Catarina de Albuquerque; pela especialista em extrema pobreza, Magdalena Sepúlveda; e pela relatora para a habitação, Raquel Rolnik.
No documento está escrito que “com o aumento constante do número de pessoas vivendo em centros urbanos, a falta de acesso seguro à água potável e a sistemas de saneamento básico nas cidades é um fator de preocupação permanente”. O documento evidencia que quem não tem acesso a esses elementos, são os mesmos que vivem marginalizados, excluídos e discriminados, explicando o fenômeno como resultado de decisões políticas que deslegitimam as suas existências e perpetuam o estado de pobreza.
“Por ocasião do Dia Internacional da Água desse ano, os especialistas das Nações Unidas convocam os Estados a tomarem medidas imediatas para cessar as violações dos direitos humanos e para garantir que o acesso à água potável e ao saneamento básico sejam usufruídos por todos”, destaca o documento da ONU.
Ainda segundo a ONU, “o mundo está se tornando cada vez mais urbano, já existem mais pessoas vivendo em cidades que nas zonas rurais. 40% desse crescimento é feito a partir da formação de favelas, incluídas aí aquelas já estruturadas e as de estruturação recente. Ambas são consideradas ilegais, e por isso, os governos recusam-se a estender água encanada e saneamento básico aos seus moradores”.
Contestando tal postura, a declaração afirma que “água e saneamento básico são direitos humanos, os quais devem ser, portanto, garantidos a todos, sem discriminação. Traz ainda o dado de que as pessoas que vivem na pobreza pagam mais por sistemas básicos que os cidadãos médios. O exemplo foi o de que uma pessoa que vive em um assentamento informal em Nairóbi (África) paga de cinco a sete vezes mais por um litro de água que um norte-americano de classe média. Além disso, são obrigados a comprar água de vendedores informais, que oferecem a água de qualidade não comprovada, armazenando-as de maneira imprópria.



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CNBB expressa seu pesar pela morte de Dom Agostinho Stefan


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamentou a morte do Bispo emérito de Luziânia (GO), Dom Agostinho Stefan Januszewicz. Em nota publicada nesta segunda-feira, 21, assinada pelo Secretário Geral, Dom Dimas Lara Barbosa, a CNBB elevou uma prece por este “servo bom e fiel, chamado agora a participar da glória da Ressurreição”.

Dom Agostinho faleceu na manhã deste domingo, 20, em Juruá (AM), aos 80 anos, devido a um câncer. Franciscano conventual, ele foi o primeiro bispo de Luziânia e fundador da Província São Maximiliano Kolbe dos Frades Menores Conventuais, em Brasília.

Confira a nota na íntegra: 

Ao manifestar seu pesar pela morte de Dom Agostinho Stefan Januszewicz, OFMConv, bispo emérito de Luziânia-GO, ocorrida na manhã deste domingo, 20 de março, em Juruá, Estado do Amazonas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB eleva a Deus uma prece em favor deste servo “bom e fiel”, chamado agora a participar da glória da Ressurreição.

Desde que chegou ao Brasil, em 1974, vindo da Polônia, Dom Agostinho deu exemplar testemunho de discípulo-missionário, consumindo-se inteiramente no serviço ao Reino de Deus. Nomeado o primeiro bispo de Luziânia, em 1989, conduziu com zelo de pastor e amor de pai, durante 15 anos, esta porção do Povo de Deus, que soube lhe retribuir o carinho e o cuidado recebidos.

Neste momento de tristeza e de dor, mas também de esperança, fazemos chegar nossa solidariedade à Província São Maximiliano Maria Kolbe, da Ordem dos Frades Menores Conventuais, à diocese de Luziânia e aos familiares e amigos de Dom Agostinho, que pranteiam sua morte. Anime-nos a todos a palavra do Evangelho: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto” (Jo 12,24).

Brasília, 21 de março de 2011
SG. nº 0221/11

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB
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