sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Corrigir um comunicador

Imagem de Destaque 



Tarefa ingrata. Uma das tarefas mais ingratas da comunicação cristã é convencer um comunicador cristão que ele prega errado, sua doutrina tem graves desvios e lacunas e que ele deve mudar o conteúdo e a forma. Ele esperneará, estalará um muxoxo, dará de ombros, ignorará e, se ficar muito ofendido, não falará mais com você e jogará seus discípulos contra você. Se ele tem mais sucesso e reúne e agrada a mais gente que seu bispo e seus colegas padres juntos, ou, se for pastor, atinge mais fiéis do que atingem 100 pastores, por que haveria de mudar?

Saber criticar. Se o crítico tiver 50 anos de púlpito e mostrar realização semelhante à do pregador vitorioso, ainda assim o moderno e novo pregador alegará que atinge mais gente e que os tempos mudaram. Não aceitará orientações ou críticas de quem teve sucesso ontem, mas não teria hoje. Isso silencia qualquer professor de homilética ou de comunicação. Valem os novos instrumentos, os novos métodos, as novas alianças e os novos tempos. Equivaleria a dizer que médicos criadores de hospitais não têm o que ensinar ao novo médico inundado de aplausos e versado em novas técnicas. Além da técnica existe a ética, mas no ardor do sucesso nem todos entendem esses valores! O sucesso tende a pôr a realização acima dos valores.

Os fatos. Os fatos se encarregam de mostrar a realidade. Há tintas novas e brilhantes que chamam atenção, mas desbotam mais depressa do que as tintas não tão chamativas que, porém, duram décadas. Dirão que não é a mesma coisa. Os arquitetos e decoradores sabem que vai depender muito da tinta e não da ênfase das cores. Isso de durar mais tempo é algo inerente à tinta, às camadas e ao ato de pintar.

Comunicar dói. Aí entra, de novo, o crítico da comunicação de quem se comunica para multidões. Ir longe nem sempe é ir certo. Hitler e Fidel Castro empolgavam multidões. Reuniram milhões. É de se perguntar se pregaram a justiça. Elvis Presley, os Beatles e Michael Jackson empolgaram milhões de fãs, mas aquilo durou o tempo que durou, com enormes estragos para a sua personalidade. Tão poderosos e tão dependentes… Os Papas reúnem milhões de pessoas em virtude do cargo, mas olhemos o conteúdo deles e o dos comunicadores famosos que usam a mídia de agora. As chaves mestras são o conteúdo, a ética do comunicar e a representatividade do falar.

Correção fraterna. Quando, pois, algum irmão na fé chama a atenção para o conteúdo e a forma de catequese do outro é melhor que o crítico prove que tem este conteúdo e esta serenidade e que o criticado prove que também os tem.

Marketing danoso. Em matéria de púlpito há sempre o perigo do deslumbramento e do pouco vislumbre. O imediatismo é um grande inimigo dos que agora mergulham em cheio na mídia moderna. Abraçar o marketing sem reservas não é boa escolha. Talvez isso explique tantos milagres e curas, tantos novos demônios, tantas respostas rápidas e urgentes e tantas promessas de fé eficaz. O marketing da fé tem esse inconveniente. Por ser marketing tem pressa e precisa superlativar fatos, pessoas e igrejas, caso contrário não empolgará nem trará novos adeptos. Maquia-se o que não vai bem e acentua-se o que parece vitorioso. Por isso o microfone é facilmente colocado nas mãos do fiel que acaba de receber a cura de um tumor, ali mesmo, no templo. Mas o mesmo microfone não será posto nas mesmas mãos quando o fiel voltar dizendo que o tumor voltou… Atrapalharia o marketing daquele pregador e daquela igreja. Já vi este filme diversas vezes. Não havendo Procon da fé o fiel não curado não tem a quem recorrer. Ou teria?

Crítica construtiva. O crítico da comunicação religiosa há de admitir críticas à sua atuação, pedir perdão quando errar e aceitar corrigir seus textos e suas posturas. Se quiser ter autoridade começará por si mesmo. Mas não deve ter medo de falar claro com quem está na "crista da onda". Quem já surfou tem todo o direito de chamar a atenção dos novos surfistas, desde que aceite que os novos surfistas lhe mostrem as novas técnicas desse perigoso e bonito esporte.

Pregar não é esporte, mas é tão perigoso quanto surfar ondas em mar revolto. Os cursos de comunicação existem, não apenas para quem começa a surfar as ondas, mas também para quem domina pranchas e já ganhou prêmios internacionais. E daí? Até o Papa e os reis são orientados por assessores!

Cantei doante do beato João Paulo II duas vezes e lembro-me do cuidado com que preparava os papéis e os dois microfones antes de falar. E de comunicação ele entendia! Na enfermidade perdeu o brilho, mas não a mística. Vi-o pregar dias antes de sua morte. Passava credibilidade!

Hoje, quando vejo cantores e compositores se negando a corrigir textos errôneos, sem o menor desejo de corrigir suas celebrações, seguros de que o que fazem é o melhor para o povo de Deus, interrogo-me sobre as novas tintas, os novos métodos e as novas iluminuras. Parecem melhores e mais vistosas. Tomara que sejam. Uma igreja inteira está questionando nosso conteúdo, nossa maneira de pregar e presidir a Eucaristia, os holofotes e os protagonismos de agora. Outra vez, tomara que estejamos todos errados e que os que atingem multidões estejam certos. Afinal, é a eles que as multidões ouvem. Os mestres dessa gente são eles. Seus ouvintes não ouvem os professores universitários nem os bispos. Se eles se desviarem na doutrina e no testemunho, o estrago será maior. Pede-se mais daquele a quem mais foi concedido. Pelo volume de pessoas que tingem deveriam ler dez vezes mais que os outros colegas. Espero que o façam!

Padre Zezinho
Escritor, compositor e cantor. Congregação Dehonianos



As carícias no namoro


A maneira como homens e mulheres expressam seus afetos é diferente




Durante o namoro aprendemos que aquelas expressões de carinho muito comuns entre amigos, quando se trata desse novo momento na vida da pessoa, tendem a ganhar um diferencial. Muitas vezes, essa nova maneira de manifestar o apreço por alguém poderá não ser o modo mais apropriado para quem está no processo da descoberta da pessoa com quem almeja estabelecer vínculos.
A maneira como homens e mulheres expressam seus afetos é diferente. As mulheres, as quais levam o título de pessoas românticas, demonstram seus carinhos mais no aspecto emocional. Sem rodeios, elas falam que amam, mostram que estão felizes no relacionamento na maneira de olhar e de tocar o namorado. Pelos gestos da namorada são transmitidos, de forma não verbalizada, a empatia pelo outro, entre outras delicadezas, consideradas por elas uma forma de nutrir o relacionamento conquistado. Da mesma maneira como expressam a felicidade, elas também sabem manifestar insatisfação. Assim, para os homens mais atentos aos detalhes, não será preciso perguntar o que aconteceu para entenderem o que a mulher está “dizendo” por meio de seus gestos.
Entre os namorados, há também o modo como os rapazes comumente se comportam. Como característica, podemos mencionar a sua habilidade de enxergar e resolver os problemas de maneira mais analítica, quase sempre sem levar em consideração ou atentar para as possíveis consequências de suas atitudes. Eles estão prontos para encontrar soluções para os problemas. Se a questão for equacionar um mal-entendido, é bem próprio dos homens querer, naquele momento, discuti-lo, mesmo que a ocasião não seja a mais apropriada para uma conversa esclarecedora… Por outro lado, apesar da aparente determinação, muitas vezes, tem-se a impressão de que atitudes mais românticas para o sexo masculino, como por exemplo caminhar pela rua, em direção à casa da namorada, com um ramalhete de flores, é mais difícil do que enfrentar um cachorro louco!
Mas, durante o namoro, ninguém tem a certeza de que aquela pessoa será o (a) esposo (a) com quem buscamos partilhar a nossa vida. É na vivência desse tempo que vamos colher informações para fazer a nossa escolha para o próximo passo. Nesse processo de conhecimento propiciado pelo namoro, haverá também momentos de maior intimidade. Oportunidade para que os casais, dentro de uma maior privacidade, possam se conhecer naquilo que é próprio do outro. Enquanto que para um deles o termo “se fazer conhecer” significa saber mais a respeito do outro, para a outra pessoa pode significar um convite para maiores intimidades. Aliás, para alguns casais, até no significado da palavra “intimidade”, que “diz respeito aos sentimentos ou pensamentos mais íntimos de alguém”, segundo definição do Dicionário Houaiss, há sentido único e voltado ao sexo.
Contudo, muitos casais, atropelando as etapas do namoro, começam a viver a intimidade no sentido mais irrestrito da palavra, já nos primeiros meses de relacionamento. É claro que dependendo da maneira como o casal manifesta o carinho pelo outro e no ambiente em que costumam namorar – quase sempre muito reservado –  os estímulos vão ser provocados. Independentemente da maturidade dos namorados, ao agir assim eles estarão se colocando à prova de algo muito mais forte, podendo correr o risco de inverter, completamente, a ordem natural desse processo de conhecimento que ambos se propuseram a viver. Consequentemente, se o casal não assumir um novo comportamento dentro do namoro, eles mal conseguirão ficar sozinhos sem que seus hormônios borbulhem, fazendo com que a libido fale mais alto.
Mais importante que desfrutar da intimidade do outro, será descobrir como trabalhar com as diferenças próprias do temperamento entre os casais, como também lidar com o autocontrole sem se deixar levar apenas pelos instintos.
Ninguém deseja viver um namoro isento de toques e de manifestações de carinho, como beijos e abraços. Assim, uma primeira atitude para aqueles que buscam viver um namoro, dentro do seu processo natural, será de ter em mente que os limites para manifestar os carinhos pelo (a) namorado (a) devem ser estabelecidos por aquelas carícias que, se acaso fossem surpreendidos por alguém, em nada ofenderiam tal pessoa nem causariam maiores constrangimentos ao próprio casal.
Um abraço!

Foto
Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes


fonte: cancaonova.com

Pesquise aqui...

Web Rádio Esperança no Senhor

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

!!! AVISO !!!