quinta-feira, 23 de julho de 2009

Dom Tomasi alerta sobre falta de solidariedade entre os países




O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Silvano M. Tomasi, fez um pronunciamento, na última segunda-feira, 20, na sede do Conselho Econômico e Social da ONU, em Genebra, sobre a ajuda aos mais necessitados.Em seu discurso, Dom Tomasi recordou as inúmeras vítimas civis dos desastres naturais e dos desastres provocados pelo homem. E citou alguns dados sobre as pessoas que vivem em campos improvisados׃ mesmo que 2008 tenha registrado uma diminuição do número dos refugiados, mais de 10 milhões de homens, mulheres e crianças ainda vivem em campos para refugiados e 26 milhões continuam internamente deslocados por causa de conflitos passados e recentes, por falta de segurança e de perseguição. "Mesmo distante dos refletores da mídia, essas situações insustentáveis dão livre acesso a uma incomensurável dor física, mental, emotiva e espiritual, e levam à laceração do tecido social e à destruição das famílias e das comunidades, comprometendo a reconciliação e ameaçando a vida de milhares de civis inocentes", constatou Dom Tomasi. Ele afirmou que esses números demonstram a exigência de uma resposta globalizada eficaz e coerente, guiada por diretrizes políticas, como a solidariedade e a promoção da dignidade de todos.A responsabilidade principal de proteger a vida de civis cabe, sobretudo, às autoridades nacionais e às partes envolvidas em conflitos armados. Todavia, a Santa Sé considera que a comunidade internacional tem um papel fundamental e indispensável ao assistir às vítimas, tendo como protagonista as Nações Unidas, com a função de coordenar a assistência para uma ação humanitária mais eficaz.A delegação da Santa Sé mencionou ainda os novos e velhos desafios que minaram a capacidade de assistir milhões de vítimas. Como, por exemplo, a crise alimentar, que levou a uma diminuição da distribuição de alimentos nas áreas atingidas pela pobreza, e a crise econômica global, que corre o risco de reduzir os financiamentos.Entretanto, a Santa Sá constata "com alegria" que muitos Estados continuam a assumir com generosidade a responsabilidade de fornecer assistência, advertindo que a falta de solidariedade leva somente a uma instabilidade social e política, que minará a sociedade e a sua capacidade de se reunir e resolver a crise econômica.Por fim, Dom Tomasi denunciou, em especial, as violências sexuais cometidas contra mulheres e jovens dentro e ao redor dos campos de refugiados, que violam todo princípio do direito internacional e que levam à devastação emotiva e física. Ele recordou que os campos e os centros de detenção devem ser soluções temporárias e locais em que a dignidade das pessoas deve permanecer uma prioridade. E garantiu o empenho da Santa Sé em fazer frente às necessidades de todas as pessoas atingidas pelas crises humanitárias e causadas pelo homem, independentemente da etnia e do credo religioso.
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